Movimentos involuntários que motivam contrações musculares alteradas que modificam a postura, causam dor e dificultam a mobilidade. Essa é a descrição breve da distonia, um dos transtornos do movimento mais comuns. A distonia como doença pode apresentar diferentes origens, sendo ou de origem genética ou como consequência de outras doenças ou até uso continuado de medicações. Movimentos distônicos também fazem parte dos sintomas da doença de Parkinson e atingem cerca de 40% destes pacientes. Em parkinsonianos, este sintoma está, frequentemente, associado a doença mais avançada e ao uso prolongando da Levodopa. A seguir, saiba mais sobre esse conjunto de doenças chamadas de distonia e como podem ser tratadas e controladas com terapias, medicamentos e até cirurgia, uma vez que ainda não existe cura.
1) O que é distonia?
A distonia é um distúrbio do movimento em que o músculo – ou um grupo muscular – se contrai de forma involuntária, repetitiva, intermitente ou provocada e pode perdurar por períodos bastante prolongados. Estas contrações repetidas podem ser bastante doloridas, levam a movimentos e posturas anormais dificultando a mobilidade voluntária. Como foi descrito por uma pessoa com distonia: “como se a pessoa tivesse que lutar contra seus próprios múscu
Érika Maria da Silva Oliveira – Mãe do Samuel Oliveira Me chamo Antonio Samuel Oliveira da Silva, sou estudante e tenho 10 anos, moro no município de Poranga, há quase 400 km de Fortaleza no Ceará. Meus pais vão contar a minha história. Lá no finalzinho, eu falo mais um pouco! Os primeiros sintomas surgiram por volta de 2015. Ele começou a puxar a perna esquerda, como se tivesse machucado e depois foi aumentando, começou a ficar com a marcha estranha, como se a perna tivesse encurtando e dando tiques de vez em quando. Depois, os tiques ficaram mais freqüentes. O Samuel começou a ficar introspectivo mais calado e triste. Às vezes ficava muito ansioso e agitado, como se tivesse incomodado demais com os espasmos. Antes de tudo isso começar, ele já tinha diagnóstico de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). Fomos então ao neurologista que já o acompanhava pelo TDAH e foram feitos exames de imagens (raios-X, eletroencefalograma, eletroneuromiografia dos membros inferiores e tomografia da bacia e quadril). Todos apresentaram resultados normais. Depois, fomos ao ortopedista geral e infantil, e os resultados de exames laboratoriais também foram normais. Em 2018, percebemos que ele também estava apresentando distúrbios no braço e na mão direita. A pegada do lápis estava estranha e a letra não era legível. No fim do mesmo ano os problem